Prospec o Geof sica
São vários os métodos que contribuem para o processo da investigação arqueológica, complementando-se entre si mediante as características do local apresentado. Uma destas metodologias é a prospecção, que se caracteriza essencialmente por ser a identificação dos sítios arqueológicos, método que inicialmente era visto como secundário por ser considerado como que uma preparação para a escavação, ao identificar os sítios mais adequados para a realização da mesma, ou seja, os locais que poderiam vir a oferecer mais “riqueza monumental”. Contudo, e devido à evolução do próprio conceito de arqueologia ao longo dos tempos, a ideia de prospecção tem vindo a adquirir um outro prestígio, sendo dada mais importância ao estudo dos “restos existentes à superfície” e que, muitas vezes, evita a utilização de métodos mais destrutivos. Como tal, e tendo em consideração que a escavação não pode ser aplicada em certos casos, o método de prospecção torna-se, assim, a única forma de identificação mais precisa dos sítios arqueológicos, permitindo uma caracterização cronológica e tipológica. Foi o próprio desenvolvimento deste conceito que levou a uma elaboração cuidada de um plano a seguir com determinados objectivos a cumprir, mas também originou outros ramos da arqueologia. Assim sendo, para uma total compreensão do sítio arqueológico, tornou-se necessária a integração de métodos de outras áreas científicas, como é o caso da geologia, da geografia ou da física (por exemplo) tornando a arqueologia uma área de plena interdisciplinaridade. Uma destas novas metodologias utilizadas é o caso da geofísica, ou melhor dizendo, da prospecção geofísica. Este novo método encontrado à disposição dos arqueólogos caracteriza-se por detectar estruturas no subsolo, sem o recurso à escavação, através da emissão de um determinado tipo de energia electromagnética (como electricidade, calor, ondas de rádio) que permite detectar possíveis variações do terreno que indicam a