a reforma
“senhora feudal”. O poder político da igreja na Idade Média poderia ser comparado com a autoridade Real. Suas riquezas incomodavam os proprietários rurais capitalistas e os elementos da nova nobreza, que tinham interesses nas terras do clero. Desta forma ela se distanciava de seus ensinamentos e caia em contradição, chegando mesmo a vender indulgências ¹, (o que seria motivo direto da contestação de Martinho Lutero, que deu a largada a Reforma Protestante propriamente dita).
O desenvolvimento do comércio e a conseqüente ampliação do poder político e econômico da burguesia tornavam anacrônico o discurso da Igreja Católica
Romana, que pregava “ser mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no reino dos céus”, por um lado, e por outro, vendia indulgências1 e ficava com parte do lucro auferido “pecaminosamente”.
A igreja católica tinha uma pregação, que, por exemplo, condenava veementemente a cobiça, e na prática contradizia ao seu discurso. Porém, ao burguês que enriquecera comprando barato ou até mesmo roubando e vendendo
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Venda de indulgências: perdão de qualquer pecado mediante pagamento à igreja de determinada quantia 13 com uma larga margem de lucros, além de cobrar juros altíssimos, não era nada interessante ser obrigado a dividir sua riqueza com o clero (que se contradizia entre palavras e atitudes).
Também não era nada agradável aos burgueses, ouvir sermões intermináveis que o ameaçavam com as penas do inferno caso não