A REFORMA PSIQUIATRICA
A REFORMA PSIQUIÁTRICA A reforma psiquiátrica foi um importante advento para a criação do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) surgindo como um novo modelo na conjuntura da saúde mental, trazendo como umas das estratégias de implementação de suas ações a desinstitucionalização do serviço. No Brasil, a reforma psiquiátrica emerge no final da década de 1970, como o objetivo de reverter o modelo de hospital psiquiátrico, tendo como principal referência a experiência italiana e as ideias de desinstitucionalização. A reforma psiquiátrica é contemporânea à reforma Sanitária, no entanto estas possuem histórias próprias na superação da violência asilar. A Reforma Psiquiátrica é processo político e social complexo, composto de atores, instituições e forças de diferentes origens, e que incide em territórios diversos, nos governos federal, estadual e municipal, nas universidades, no mercado dos serviços de saúde, nos conselhos profissionais, nas associações de pessoas com transtornos mentais e de seus familiares, nos movimentos sociais, e nos territórios do imaginário social e da opinião pública. Compreendida como um conjunto de transformações de práticas, saberes, valores culturais e sociais, é no cotidiano da vida das instituições, dos serviços e das relações interpessoais que o processo da Reforma Psiquiátrica avança, marcado por impasses, tensões, conflitos e desafios. ( Ministério da Saúde, 2005) Em 1978 começa efetivamente o movimento social com o objetivo de assegurar os direitos dos pacientes psiquiátricos juntamente ao movimento dos trabalhadores em Saúde Mental formados por familiares de paciente, sindicalistas, profissionais em saúde que reivindicou melhores condições e novo modelo de cuidado para os pacientes psiquiátricos, neste período começam: "...A protagonizar e a construir... a denúnciar a violência dos manicômios, da mercantilização da loucura, da hegemonia de uma rede privada de