A redução da mortalidade materna, infantil e fetal no Brasil
Muitas ações podem ser empreendidas para o enfrentamento dos óbitos maternos, infantis e fetais, como a ampliação do acesso aos serviços de saúde, a atenção integral à saúde da mulher com planejamento familiar e assistência pré‐natal acessível e qualificada. Para garantir um pré-natal de qualidade, é importante preparar as equipes de saúde da família para realizar a classificação de risco e vulnerabilidade da gravidez. E, quando os casos de alto risco forem detectados, elas também devem ser treinadas para encaminhá-los para a rede de referência sem perda de tempo. O acompanhamento adequado das gestantes de risco envolve o ajustamento do projeto terapêutico à singularidade de cada situação, vinculação de forma inequívoca destas gestantes ao serviço de referência, fazendo busca ativa das faltosas, garantia da realização dos exames em tempo oportuno e atendimento às intercorrências. É necessário assegurar unidades de saúde equipadas, disponibilizar exames laboratoriais e trabalhar para diminuir a incidência de sífilis congênita e da transmissão do HIV da mãe para o bebê, com diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Outras medidas de impacto são a assistência ao parto oportuna e qualificada, regionalização e hierarquização da assistência, com organização da rede e transporte responsável.
Os Comitês de Prevenção da Morte Materna, Infantil e Fetal qualificam o estudo desses óbitos podendo levar à definição de medidas para a redução desses eventos adequadas à realidade local. Cada morte precisa ser alvo