A reciclagem de resíduos secos
EM PONTAL DO SUL E A PARTICIPAÇÃO DO PODER PÚBLICO
Ana Lúcia Kiatkoski Kim
1 INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem a intenção de mostrar um caso de reciclagem de resíduos secos iniciado há mais de doze anos, único na região, em que o poder público somente há pouco mais de dois anos começou a fazer a sua parte. Através de entrevistas e conversas informais com o coletor, separador e proprietário do terreno em que se encontra o barracão, com usuários do projeto e com participantes de órgãos vinculados ao Município e ao sistema de coleta de lixo, pretende-se entender como evoluiu a demanda pelo serviço e as condições em que ele é feito. Por ser um município que possui certas peculiaridades não há uma coleta com volume constante. Conciliar as duas temporadas diferentes é um desafio a ser estudado para minimizar os efeitos dessa sazonalidade.
A consulta à legislação pertinente permite uma visão mais clara sobre as competências nas esferas de poder e quais os mecanismos que podem ser utilizados para auxiliar na manutenção do programa de reciclagem.
SIMÕES, 2011, apresenta um projeto bem sucedido em Sorocaba-SP e serve de parâmetro para as melhorias a serem sugeridas. O caso demonstra a participação ativa do poder público, incorporando o programa e o tornando prioritário.
Procuramos conhecer as razões pelas quais o lixo se acumula e as consequências para a continuidade da vida com qualidade se não houver uma destinação correta desse material.
Através dos conceitos de consumismo, sustentabilidade e definição do lixo úmido e seco procuramos demonstrar a necessidade de uma política efetiva do Estado para minimizar os efeitos negativos do consumo nos dias de hoje. Os aterros sanitários já não comportam tanto desperdício. O que era considerado lixo há anos, hoje faz parte da categoria de bem econômico e de valor social.
Este trabalho pretende contribuir com o esclarecimento dos papéis desempenhados até hoje pelos atores