A REALIDADE DOS POVOS IND GENAS NO MARANH O
Trabalho apresentado à disciplina Questão Social no Brasil e Expressões Territoriais do Curso de Serviço Social/UNICEUMA, sob a orientação da professora Laurinete Delgado.
São Luís
2011
INTRODUÇÃO
A realidade indígena suscita discussões no que diz respeito às condições de saúde e educação em que se encontram. Dessa forma, convém ressaltar que a desassistência nessas áreas traduz a fragilidade e a ineficiência das organizações responsáveis pela garantia desses direitos.
Essa situação se agrava, sobretudo, pela inexistência de uma política indigenista efetiva que não apenas garanta, mas sistematize e implemente ações voltadas para a atenção à educação, habitação e saúde dos povos indígenas, facilitando assim o acesso.
Outro agravante dessa realidade é a discriminação e o desrespeito sofridos pelos indígenas no enfrentamento da questão social e na auto-perpetuação física e cultural do seu povo. Esse fato desencadeia uma série de violências e problemáticas como assassinatos, abusos sexuais, disseminação de drogas e suicídios com explicações desconhecidas, mas que se originam a partir do descaso e omissão do poder público.
Além disso, percebe-se a incansável luta em prol da demarcação de suas terras e a implementação das políticas públicas garantidas pela Constituição Federal – esses fatores revelam os principais desafios atuais dos povos indígenas.
OS INDIOS DO MARANHÃO – O MARANHÃO DOS INDIOS
No século XVII, a população indígena no estado do Maranhão, era formada por aproximadamente 250.000 pessoas. Faziam parte dessa população, cerca de 30 etnias diferentes; a maioria delas, hoje, não existe mais. Povos indígenas como os Tupinambás que habitavam a cidade de São Luís, os Barbado, os Amanajós, os Tremembé, os Araioses, os Kapiekrã, entre outros, foram simplesmente exterminados ou dissolvidos social e culturalmente. Outras etnias existentes na época, como os Krikati, Canela, Guajajara-Tenetehara e Gavião, continuam