A Razão na fenomenologia de Husserl
Fenomenologia vem do grego "phainesthai": aquilo que se apresenta ou que se mostra e "logos": explicação, estudo. Afirma a importância dos fenômenos da consciência, os quais devem ser estudados em si mesmos, tudo que podemos saber do mundo resume-se a esses fenômenos, a esses objetos ideais que existem na mente, cada um designado por uma palavra que representa a sua essência, seu significado. Os objetos da mesma são dados absolutos apreendidos em intuição pura, com o propósito de descobrir estruturas essenciais dos atos , "Noesi" e as entidades objetivas que correspondem a elas, "Noema".
Edmund Husserl
Filósofo, matemático e lógico é o fundador desse método de investigação filosófica e quem estabeleceu os principais conceitos e métodos que seriam amplamente usados pelos filósofos desta tradição.
Idealizou um recomeço para a filosofia como uma investigação subjetiva e rigorosa que se iniciaria com os estudos dos fenômenos, como estes aparentam à mente, para encontrar as verdades da razão.
A Fenomenologia representou uma reação à eliminação da metafísica, pretensão de grande parte dos filósofos e cientistas do século XIX.
Contrariamente a todas as tendências no mundo intelectual de sua época, quis que a filosofia tivesse as bases e condições de uma ciência rigorosa.
O êxito do método científico está no estabelecimento de uma "verdade provisória" útil, que será verdade até que um fato novo mostre outra realidade. Para evitar que a verdade filosófica também fosse provisória Husserl propõe que ela deveria referir-se às coisas como se apresentam na experiência de consciência, estudadas em suas essências, em seus verdadeiros significados, de um modo livre de teorias e pressuposições, despidas dos acidentes próprios do mundo real, do mundo empírico objeto da ciência. Buscando restaurar a "lógica pura" e dar rigor à filosofia, argumenta a respeito do principio da contradição na Lógica. A redução