A QUETAO DO PODER NA SOCIEDADE PRIMITIVA
As sociedades primitivas foram reconhecidas depois que surge o relativismo cultural que contrapõe o darwinismo social, que justificava o imperialismo europeu, a ideia de sobrevivência dos mais aptos. O relativismo cultural propõe um estudo mais serio das instituições politica- jurídica das culturas primitivos sendo entes individuais e únicas, imbuídas de qualidades singulares que as tornam insusceptíveis de comparação valorativa.
Sociedades primitivas são sociedades sem Estado, são sociedades cujo corpo não possui órgão separado do poder politico. A partir da presença ou ausência de Estado que se classifica, de forma simplória, as sociedades, que se distribuem em dois grupos: as sociedades sem Estado e as sociedades com Estado. As sociedades com Estado não são semelhantes entre si, pode se verificar facilmente estas diferenças no estudo das diversas figuras históricas do Estado, o que não permite confundir entre si o Estado despótico arcaico, o Estado liberal burguês, ou o Estado totalitário fascista ou comunista. A semelhança que possuem estas sociedades com Estado é a divisão de dominantes e dominados o mesmo não ocorre com as sociedades sem Estado que ignoram esta divisão. Determinar as sociedades primitivas como sociedades sem Estado é enunciar que elas são em seu ser, homogêneas, elas não tem órgão separado do poder, o poder não esta separado da sociedade. Não há como isolar, separar uma esfera da vida política de uma esfera da vida social. Como podemos verificar nos estudos dos filósofos Heráclito, Platão e Aristóteles, não há sociedade senão sob a égide dos reis, a sociedade não é pensável sem a divisão entre os que mandam e os que obedecem, e lá onde não existe o exercício do poder cai-se no infra social, na não sociedade. A partir desse conceito que deveria existir os que mandam e os que obedecem, é que os europeus julgaram as sociedades primitivas com sociedades selvagens, pois