A QUESTÃO SOCIAL E JESUS
A questão social são as expressões das desigualdades sociais que se evidenciam na violência, fome, miséria, abusos, discriminações, racismo, etc. Infelizmente, ela ainda é encarada como uma responsabilidade exclusiva do governo. Contudo, os problemas que surgem na sociedade são muitas vezes fruto de uma história e tem sua gênese relacionada ao crescimento e desenvolvimento de uma sociedade.
O processo histórico do nascimento da questão social tem três eixos que nos permite entender os caminhos percorridos pelo capitalismo a partir do final do século XVI nos centros capitalistas da Europa Ocidental, a Inglaterra e a França:
- Nos séculos XVI, XVII e XVIII – expropriação dos camponeses de suas terras para transformação de pastagens de ovelhas;
- No século XIX – A grande indústria, a máquina à vapor, mulheres e crianças trabalhando em fábricas, péssimas condições de trabalho, jornada diária de 16 horas, sem condições de moradia, tudo isso contribuindo para uma nova maneira de viver em sociedade, promiscuidade sexual, prostituição, alcoolismo e altas taxas de natalidade.
- No século XX em diante – as primeiras manifestações do trabalhadores, que ainda sem liderança, destroem as máquinas, das quais julgavam ser as grandes “culpadas” pelo desemprego e as desigualdades. Greves gerais, manifestações em massa, culminando com a Comuna de Paris, onde trabalhadores tomam o poder de Paris por três meses.
No Brasil, a questão social surge no Atlântico, precisamente no período Brasil Colônia (1500-1822), passando pelo período Monárquico (1822-1889), a República Velha (1889-1930), o Primeiro Governo Vargas (1930-1945), o Período Republicano Democrático (1945-1964) e a Ditadura Militar (1964-1985), cada um com suas particularidades, mas com um eixo que os une e contribui para o aumento das desigualdades desde o escoamento das riquezas da terra, uma herança do genocídio indígena e da escravidão africana.
Hoje, a particularidade que a questão social