A quarta revolução industrial
A QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Artigo 1
Revolução microscópica por Arthur Chioramital |
O século 21 chegou e com ele a expectativa de que as promessas de todos aqueles incríveis avanços tecnológicos tão recorrentes nos filmes de ficção científica se cumpram. OK. É preciso admitir que ainda estamos meio distantes das máquinas de teletransporte, mas isso não significa que estejamos parados. A ciência experimenta, hoje, uma revolução que promete mudar a realidade como nós a conhecemos. Esqueça imensos discos voadores cruzando galáxias. Cientistas do mundo todo estão, atualmente, debruçados sobre o universo do minúsculo, do microscópico. Estamos falando de nanotecnologia e, segundo especialistas, é nela que mora o futuro. As possibilidades que a nanotecnologia traz consigo são praticamente ilimitadas. Medicina, farmacologia, siderúrgica, cosméticos, é possível encontrar aplicações práticas para avanços com base nanotecnológica em inúmeras áreas. “Tem-se investido muito tempo e dinheiro em pesquisas dessa natureza, e as primeiras ondas de pesquisa devem se desdobrar em produtos e chegar ao mercado já em alguns anos”, assegura o coordenador do Laboratório de Microscopia Eletrônica do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), Antonio Ramirez. Ele não é o único a pensar assim. Um levantamento feito pela National Science Foundation (NSF) dos Estados Unidos estima que até 2015 os bens e serviços com base nanotecnológica deverão ultrapassar US$ 1 trilhão anuais. Pensando nisso, a Universidade Federal do Rio de Janeiro criou o primeiro curso de graduação do Brasil totalmente voltado para a formação de profissionais dessa área. Tendo como princípio a multidisciplinaridade, ele visa formar profissionais com base sólida em física, matemática, química e biologia e com conhecimentos específicos em nanotecnologia em três opções de ênfase: física, materiais e bionanotecnologia. O vestibular para a primeira turma ocorreu no final de 2009