A psicologia social norte americana
Profª Drª Marilene Cabello Di Flora
A Psicologia Social como ciência emergiu nos Estados Unidos após a 2ª Guerra Mundial no berço do positivismo. Em sua origem buscou suporte teórico em outras duas disciplinas, a Psicologia e a Sociologia, ambas possuidoras de um referencial teórico e metodológico respeitável, construído e desenvolvido durante um século de investigação e pesquisa. A Psicologia Social Norte-americana desenvolveu os seus primeiros trabalhos sob a perspectiva psicológica que fez da experimentação sua estratégia de pesquisa, desde que apoiada nos métodos da Física. Dessa forma, a consolidação da Psicologia Social se deu em uma fase eminentemente experimental. Apoiando-se na Psicologia, que influenciada pelo positivismo aceitou a tese da unidade da ciência, a Psicologia Social, em seus primórdios, não fazia diferença entre as ciências da natureza e as ciências da cultura. Com o neopositivismo, houve uma tendência à intensificação do experimentalismo na Psicologia Social Norte-americana. Seguindo a tradição biológica da Psicologia em que o indivíduo era considerado um organismo que se relaciona com o meio físico, a Psicologia Social Norte-americana entende os processos psicológicos como causa, ou uma das causas que explicam o comportamento humano. Ou seja, o meio social e cultural agiria apenas como um estímulo para a formação deste comportamento. Baseado na crença sobre a objetividade da ciência, Kurt Lewin salienta a importância da Teoria, estabelecendo as bases da Psicologia Social, tão enfatizada nos Estados Unidos, que se caracterizou pela elaboração das teorias ou princípios teóricos entendidos como capazes de predizer relações entre variáveis testadas empiricamente. Em suma, o movimento do método científico, proposto no século XVII pela Escola Inglesa de Bacon, cujo paradigma geral se explica por teorização, hipóteses e possibilidades de