A Psicologia Na rea Das Defici ncias
Para abordarmos as contribuições da Psicologia na área das deficiências, precisamos iniciar pela compreensão que temos sobre o que são as deficiências. Na década de 1980, no Brasil, mesmo sem haver um consenso sobre o uso do termo, seja por parte de leigos como dos profissionais atuantes na área, como apontado por Mazzota (1982), ficou delineada a associação dessa definição exclusivamente para aquelas pessoas que desviassem em grau considerável da maioria de crianças e jovens, apresentando condições educacionais e de aprendizagem diferenciadas. Então, poderiam estar nesse grupo desde pessoas deficientes, como também as doentes, idosas, provenientes de outra cultura ou até mesmo as superdotadas. Além disso, segundo essa conceituação, nem todo indivíduo deficiente seria considerado excepcional, mas somente aquele que necessitasse de cuidados educacionais especiais. Os educandos que apresentam necessidades educacionais especiais são aqueles que demonstram no processo educacional:
Condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais e sensoriais diferenciadas;
Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no desenvolvimento (vinculadas ou não a uma causa orgânica);
Dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos e que demandem adaptações ao currículo ou implementação de recursos;
Altas habilidades, necessitando receber desafios e o enriquecimento do conteúdo apresentado;
Pessoas provenientes de grupos desfavorecidos, marginalizados ou de minorias linguísticas, étnicas e culturais.
As deficiências referem-se a alterações no corpo ou aparência física, limitações de um órgão ou função e têm como características as perdas temporárias ou permanentes. As incapacidades são as consequências das deficiências em termos de desempenho e atividade funcional e caracterizam-se por excessos ou insuficiências no comportamento ou desempenho de uma atividade, podendo surgir como conseqüência direta da deficiência