A profissão do serviço social

A PROFISÃO DO SERVIÇO SOCIAL

Segundo Czapski (2012), O serviço social se constitui em uma profissão historicamente determinada, intricadamente ligada às relações sociais advindas do sistema capitalista de produção, desde a industrialização, as relações sociais se dão de forma antagônica e contraditória. O serviço social surge então ligado aos interesses da classe dominante e influenciada pelas doutrinas da igreja católica, assim, sua intervenção frente às expressões da questão social, aconteciam através de uma ação doutrinária e corretiva busca sempre a legitimação politica da classe dominante e também ideológica da igreja católica. Iamamoto discorre que:
A profissão não se caracteriza apenas como nova forma de exercer a caridade, mas como forma de intervenção ideológica na vida da classe trabalhadora, com base na atividade assistencial; seus efeitos são essencialmente políticos: o enquadramento dos trabalhadores nas relações sociais vigentes, reforçando a mútua colaboração entre capital e trabalho. (IAMAMOTO, 2007, p. 20).
Ainda segundo Iamamoto (2007), a atuação do serviço social não consistia em uma proposta caritativa de filantropia, mas, sim como uma profissão com caráter assistencialista e corretiva buscando o consenso e conformidade junto a classe trabalhadora, quanto ao sistema capitalista,.
Czapski (2012), aponta com a chegada do desenvolvimentismo ao Brasil e a criação de instituições, o serviço social é legitimado e institucionalizado como sendo uma profissão inserida na divisão social e técnica do trabalho, estando ainda ligada a perspectiva assistencialista em favor da expansão industrial e do capital. Silva (2006, p. 24), argumenta que a profissão “vincula-se à criação e ao desenvolvimento das grandes instituições assistenciais, estatais, paraestatais e autarquias, a partir da década de 40”. Czapski (2012), acrescenta que o serviço social desenvolvia um controle social sobre os trabalhadores, com ações paliativas e assistencialistas