A Profissão Contábil
De acordo com Coelho Coelho (2000, p. 12), a presença de profissionais da contabilidade já é notória no Brasil desde o início de sua colonização. No entanto, como no Brasil o comércio local só começa a desenvolver-se de maneira mais efetiva com a chegada da corte portuguesa ao país em 1807 e com a decretação da abertura dos portos, a profissão contábil, pelo menos sob aspectos de estruturação e regulamentação profissional é bastante recente.
Segundo Coelho (2000, apud SILVA, 2003, p. 13), o desenvolvimento da contabilidade se acentua com a criação “[...] em 1809, da aula de comércio, [...] com a nomeação de José Antonio Lisboa, que se torna o primeiro professor de contabilidade do Brasil”.
Isto significa, que com a criação da escola do comércio, a contabilidade desenvolve-se ainda mais, tendo em vista a nomeação de José Antônio Lisboa como o primeiro professor da área contábil no Brasil.
A primeira regulamentação no Brasil ocorreu em 1870, pelo reconhecimento oficial da Associação dos Guarda-Livros da Corte, pelo Decreto Imperial n° 4.475. Esse decreto representa um marco, pois caracteriza o guarda-livros como a primeira profissão liberal regularmente no país. (COELHO, 2000).
Constata-se que no Brasil não possui nenhum tipo de órgão regulamentador até 1870, a não ser algumas leis criadas para melhorar a profissão contábil no país. Surge a necessidade da criação de uma instituição de ensino que instrua àqueles profissionais que desejam alcançar a qualificação profissional e o melhoramento nesta área. A partir disto, a primeira escola de contabilidade no Brasil, é criada sob forma de escola de comércio. [...] a Fundação Escola do Comércio Álvares Penteado, que surgiu em 1902 como Escola Prática de Comércio, foi a primeira escola de contabilidade do Brasil. Três anos mais tarde, o Decreto Federal n. 1339/05 reconheceu oficialmente os diplomas expedidos pela escola Prática de Comércio, instituindo dois cursos: um