A primeira crise petrolífera
Em 1971, Richard Nixon, presidente dos Estados Unidos, decidiu acabar com a paridade entre o dólar e o ouro e esta medida foi apoiada dois anos mais tarde pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), instituição que havia sido criada em Bretton Woods (nome dado ao acordo elaborado em 1944 na qual estiveram presentes personalidades de 44 países aliados que tinha como objetivo a regência da economia mundial e na qual as moedas dos países que eram membros desta acordo passaram a estar todos ligados pela moeda norte-americana e em que foi criada a paridade entre dólar e ouro). Dois anos depois, no final de 1973, os países árabes membros da OPEP, aumentaram quatro vezes o preço do petróleo no espaço de três meses, se modo a exercerem pressão sobre os países do Ocidente, considerados favoráveis a Israel, e foi desencadeado pelo auxílio militar dado pelos americanos na Guerra do Kippur. Com isto, a Europa entra numa fase denominada de estagflação, isto é, uma combinação de uma recessão com o aumento da inflação. Como resultado desta situação, registam-se inúmeras falências e a crise das indústrias tradicionais que haviam estado na base do arranque da Revolução Industrial, como a siderurgia, a metalurgia, os têxteis, a construção automóvel e o sector dos transportes aéreos ameaçavam falir. Na década de 70 fazia-se sentir os sinais desta crise à escala mundial: a produção industrial estava a diminuir e verificava-se um aumento generalizado dos preços dos produtos.
A conjugação de uma estagnação com a inflação provocou a subida dos preços, das taxas de juro e taxas de crédito, mas também uma subida dos salários e levou a uma proteção dos sistemas sociais nalguns países da Europa Ocidental; estes conseguiram afastar uma parte dos efeitos negativos desta crise através dos subsídios de desemprego e da manutenção do poder de compra. É nesta altura que procederam ao racionamento de combustível, bem como adotaram outro tipo de medidas como a