A Pratica Policial E A Cidadania
CIDADANIA 1
Luiz Antônio Brenner Guimarães2
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Este ensaio pretende discutir o " a concepção de policial herói " que tem direcionado as práticas dos policiais militares brasileiros nas últimas décadas e apontar uma tendência (ou necessidade) de mudança, resultante: da busca interna de aprimoramento profissional dos institutos policiais; da necessidade dos organismos em coincidir os anseios da sociedade e a performance na prestação de serviço; e ainda do intenso questionamento público sobre a forma de agir das instituições que compõe o sistema policial, em especial a sua adequação às novas exigências decorrentes da evolução social do país.
O exercício aqui proposto está sustentado na vivência do autor, decorrente de reflexões sistemáticas e pessoais dos fatos que iam se sucedendo ao longo de sua história profissional (1971 - 2000), quer lá no início da carreira como Comandante de Frações
Destacadas do Batalhão de Polícia Rodoviária, quer como Chefe da Seção de Operações e
Instrução do 11º BPM (Zona Norte de Porto Alegre), ou como Subcomandante do 6º BPM
( Rio Grande) e do BPRv ( Porto Alegre) e, atualmente, como Comandante do 12º BPM
(Caxias do Sul). Ou ainda, como instrutor, durante todo esse período, alternando participações nos Cursos de Formação da Corporação e, mais recentemente (1994-1999), do Curso Avançado de Administração Policial, o antigo Curso de Aperfeiçoamento de
Oficiais, condição essencial à promoção de Major, na disciplina de Estratégia Policial
Militar. Dá suporte também ao ensaio, um revisão bibliográfica sobre o assunto e o trabalho de conclusão do Curso Superior de Polícia Militar que tratou do tema referente à Polícia
Militar e à proteção do cidadão, pesquisando a influência de variáveis como formação e valores organizacionais (GUIMARÃES, 1997). Seu valor é de um relato de experiências, onde o autor manifesta suas reflexões e percepções sobre a realidade vivida na