A posição social do artista

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA – UFJF
ARTE E HISTÓRIA II
ALUNA: CYNARA CHAGAS BORATO
MATRÍCULA: 201366018A

A posição social do artista

Segundo Anthony Blunt, em seu livro Teoria artística na Itália 1450-1600, os artistas vinham lutando para que fossem reconhecidos como liberais. Eles começaram a utilizar um novo método científico e com isso “passaram a reivindicar superioridade sobre os simples artesãos, e tentaram estabelecer para si próprios uma posição social melhor”.
As artes liberais eram aquelas que demandavam certos estudos e conhecimento, estavam entre elas a Gramática, Retórica e Dialética (formando aqui o chamado Trivium), Aritmética, Geometria, Astronomia/Astrologia e Música (Quadrivium). Então, a pintura, a escultura e a arquitetura eram deixadas de lado, pois essas eram manuais, mecânicas.
No século XV, a posição dos artistas na sociedade passou a ser melhor do que era antes, já se iniciava uma entrada deles em cargos administrativos e tendo assim mais voz. Porém isso não deixava de lado a grande discussão sobre as artes liberais dos quais os artistas queriam participar.
A reivindicação dos artistas sugeriram várias diferenças entre eles e os artesãos. Começaram a alegar que eles tinham que fazer todo um estudo para chegar ao resultado final de usa obra, seja ela uma escultura, pintura ou um desenho arquitetônico, como a da matemática com suas proporções e contas, além de outras áreas do conhecimento.
A matemática foi de um enorme auxílio nos argumentos dos artistas, principalmente dos pintores, pois eles trouxeram para seus quadros a perspectiva linear e Leonardo foi o primeiro escritor a relacionar a perspectiva com a pintura: “A prática deve sempre estar fundada em uma teoria sólida, e, para isso, a perspectiva é o guia e a entrada; e sem isso, nada pode ser bem feito em matéria de pintura.”.
Várias foram as discussões e brigas para se tender qualificar e enquadrar as artes. Argumentos de escultores, pintores, escritores,