A população em Alerta
A presente discussão é uma reflexão geral sobre as manifestações ocorridas no Brasil, principalmente no mês de junho de 2013, caracterizada por palavras de ordem, dentre elas, “não ao aumento de tarifa do transporte coletivo, mais investimento em educação, saúde, segurança”, etc. Levando-se em consideração a maneira de organizações e articulações desses movimentos, as redes sociais digitais tiveram um papel importante nesse processo. No meio geográfico em que cada vez mais são presentes na vida dos Cidadãos as redes sociais tem contribuído para uma construção de uma identidade coletiva. O uso dessas ferramentas possibilitou ao Brasil a ser palco de manifestações, que tiveram suas articulações iniciadas nas redes sociais digitais (face book e twitter) fortalecendo, nesse sentido, a participação da sociedade em tomada de decisões coletiva nesse contexto de meio técnico- cientifico- informacional.
A população em alerta
Para quem é mais velho e participou das manifestações é inevitável fazer comparações com as que estão ocorrendo no momento. De modo geral, a impressão é que nada mudou, embora tenha tantos aspectos diferentes. Há certo tom de deslumbramento entre eles, motivado talvez pela descoberta do poder que possuem o que não existia antes. Enquanto as manifestações de hoje adquirem um clima de “festa” e até de euforia, as de antigamente eram cercadas de angústias reais, de um clima de opressão e violência declarada. A começar pela convocação da passeata: ”o boca a boca” de antigamente, única forma possível de divulgar o evento, foi substituído pelas redes sociais; na rua, os iPads e smartphones permitiram a divulgação instantânea do que estava acontecendo; jovens tatuados com piercing, vestidos com as mais diferentes versões de tendências e tipos, substituíram aqueles que, no máximo, ousavam usar calça jeans e cabelo comprido; as músicas e “gritos de guerra”. Enquanto no