a política.
A narrativa deixa claro a situação de miséria do bando ao descrever as condições de vida dos Capitães de Areia, dizendo que vestiam-se de farrapos e que eram semi-esfomeados, além das características psicológicas, que eram, no geral, malandros, espertos, ladrões, agressivos, falsos, trapaceiros e sem instrução, salvo João José, chamado pelo bando de Professor, que frequentou um tempo a escola, onde aprendeu a ler e com isso gasta maior parte de seu tempo: imerso no mundo dos livros, sendo o único personagem do grupo que mostra algum valor intelectual. Contudo, cada um tem um valor único; uma particularidade, que transforma-os em algo essencial para o grupo, valorizando a união apesar dos conflitos e brigas internas. Outro ponto interessante na história é o fato do grupo roubar dos ricos e compartilhar entre si, os pobres, assemelhando-se ao conto inglês de Robin Hood.
A história em si é uma plena confirmação do pensamento de Karl Marx onde o homem é produto do meio em que vive, que é o caso dos Capitães de Areia, visto que o caráter dos meninos foi moldado no ambiente em que viveram: nas ruas de Salvador.
Mesmo sendo uma obra do século passado, histórias assim continuam a se repetir mesmo nos dias de hoje, onde crianças são abandonadas e marginalizadas, se virando de um jeito ou de outro para sobreviver em meio a uma sociedade