secas
A seca é uma catástrofe natural com propriedades bem características e distintas dos restantes tipos de catástrofes. De uma maneira geral é entendida como uma condição física transitória, caracterizada pela escassez de água, associada a períodos extremos de reduzida precipitação mais ou menos longos, com repercussões negativas significativas nos ecossistemas e nas actividades sócio-económicas.
Causas das secas
As secas iniciam-se sem que nenhum fenómeno climático ou hidrológico as anuncie, e só se tornam perceptíveis quando está efectivamente instalada, ou seja, quando as suas consequências são já visíveis.
As causas das secas enquadram-se nas anomalias da circulação geral da atmosfera, a que correspondem flutuações do clima numa escala local ou regional, gerando condições meteorológicas desfavoráveis, com situações de nula ou fraca pluviosidade, durante períodos mais ou menos prolongados.
Indices de qualificações de seca
Existem diversos índices para quantificar as situações de seca. Um dos mais utilizados é o Índice de Palmer ou PDSI ( Palmer Drought Severity Index ) que é uma medida da intensidade da seca, calculada a partir dos elementos do balanço hídrico, utilizando dados de temperatura média mensal, precipitação total mensal e conteúdo de água no solo. Utilizando este índice, o Instituto de Meteorologia (http://www.meteo.pt/pt/clima/clima_seca.html) concluiu que durante o último século, o Alentejo sofreu 28 períodos de seca, sendo que a mais longa durou 29 meses e decorreu entre 1943 e 1945. Os dados mostram também uma intensificação da frequência de secas nas duas últimas décadas do século XX, em particular nos meses de Fevereiro a Abril.
Uma vez que as situações de seca implicam que haja um deficit continuado na precipitação, a sua previsão implica estimar o estado do tempo para um período superior ao que é efectuado na previsão operacional do tempo, fazendo parte do domínio da previsão a longo prazo. A esta escala, não é, nem vai ser,