A Politica de Aristoteles, Resenha
São diversos os motivos pelos quais A Política, de Aristóteles, é um grande clássico dos estudos sociais. Com conceitos aplicáveis no mundo atual, apesar de se tratar de um livro escrito séculos antes de Cristo, A Política consegue manter-se moderno. O livro é um trabalho amplo e livre, no qual diversos temas são contemplados. Não há rotulação opressiva de pessoas em três classes sociais, como na República de Platão; Ao invés disso, o valor de um indivíduo é baseado em sua própria busca pela virtude, e seu estilo de vida. Tal ponto liga-se à principal questão de Aristóteles no estudo da política: A cidadania. A Polis, cidade-estado grega, de acordo com Aristóteles, se trata da mais alta forma de associação política. Apenas sendo cidadão da Polis pode uma pessoa seguir completamente em busca de uma boa qualidade de vida, que seria a mais importante meta da existência humana. Por um individuo apenas conseguir alcançar tal meta através da associação política, Aristóteles conclui que "O homem é um animal político".
Além disso, defendendo a propriedade privada e condenando o capitalismo, ele notoriamente define escravidão como sendo um meio necessário para o funcionamento da sociedade. É claro que é preciso cuidado para não ler e interpretar autores passados de maneira anacrônica. Fosse vivo nos tempos atuais, o discurso de Aristóteles provavelmente seria diferente.
Analisando e criticando outros regimes e teorias constitucionais, Aristóteles conclui que nenhuma delas seria ideal. Ele identifica os governos com suas respectivos regimes e categoriza seis diferentes tipos de sistemas, três bons e três ruins. Os três bons são a
Politeia, ou regime constitucional, a aristocracia e a monarquia. Os outros três modos, a tirania, oligarquia e a democracia são, para o autor, ruins, por não governarem em vista do "bem comum". Uma boa constituição é formulada de acordo com um principio de justiça que trataria "igualmente as