A POLARIDADE WEST/REST E O CONTEXTO PÓS-COLONIAL NA 7ª ARTE

A POLARIDADE WEST/REST E O CONTEXTO PÓS-COLONIAL NA 7ª ARTE

No filme Indochina, temos um drama ocorrido em pleno contexto neocolonialista do século XIX que se arrasta pelo século XX, fragmentando o continente afro-asiático, e nessa pequena região, chamada antigamente de Indochina, onde hoje são Vietnã, Laos e Camboja, vemos um exemplo na sétima arte do que se pregava no que tange ao centrismo ocidental, o binarismo ocidente-oriente, bem como no caráter mutável das condições culturais e políticas de ex-colônias e de ex-colonizadores, o cenário pós-colonial que se segue entre essas duas nações.
Na desconstrução dessa dicotomia Rest/West (polaridade entre o ocidente e o resto do mundo), aqui, relaciona-se com a variedade de fenômenos sociais oriundos dessa relação assimétrica entre a ocidental França frente à colônia Indochinesa logo de antemão, que justifica tal superioridade civilizatória no imperialismo capitalista. Contudo tal imperialismo econômico levou a cabo duas histórias movidas de forma emaranhada e comuns culturalmente, fenômeno presente entre sociedades contemporâneas como as em questão, que de forma antagônica possuem ao mesmo tempo histórias divididas e comunicadas.
No decorrer do filme, a Indochina da vietnamita Camille é dominada pela França colonizadora, metaforicamente aqui por mim comparada a sua mãe adotiva, proprietária de uma imensa fazenda produtora de borracha, no topo da hierarquia colonial, que no foco subalterno, tem sua filha educada segundo a cultura dos padrões franceses até o dia em que a França e “Eliane”, protagonista francesa, perdem os domínios da colônia e patriarcal. Camille, uma jovem princesa órfã “indochinesa-afrancesada”, foge, rompe com o caminho traçado unilateralmente por sua mãe e em plena revolução indochinesa em seu caminho de fuga encontrará seu povo, sua cultura e seu passado. Em meio a isso, são apontadas as drásticas mudanças políticas revolucionárias que originaram a queda da colônia francesa e o