A Pobreza em São Paulo - intro
O sistema de produção capitalista, centrado na exploração para garantir a mais-valia, tendo uma repartição injusta e desigual da renda nacional entre as classes sociais são responsáveis pela instituição de um processo excludente, gerador e reprodutor da pobreza, entendida enquanto fenômeno estrutural. Há também desigualdade na distribuição da riqueza socialmente produzida.
O Estado de São Paulo, especialmente nos grandes centros urbanos, com áreas de muita pobreza e condições de vida precárias, apresentam enormes desigualdades sociais, resultado de um tipo de crescimento econômico excludente e concentrador de riquezas, com áreas de alto padrão de qualidade de vida e outras de extrema miséria. Um crescimento econômico que não foi capaz de estender seus benefícios a grandes parcelas da população tem sido o modelo em nossa história.
Segundo Bárcena, do Cepal, a pobreza afeta de maneira diferenciada as mulheres e o jovens da região. O número de lares pobres chefiados por mulheres aumentou de 19%, em 2009, para 28% em 2011. “Há um incremento de mulheres que hoje lideram os lares e há, ao mesmo tempo, a discriminação por sexo e os salários ainda são menores no mercado de trabalho para o sexo feminino”. A maior concentração de pobres está entre os que têm até 17 anos. Um dos grandes alertas é a gravidez que ocorre na adolescência e nas camadas mais pobres
O IPVS fornece a localização das áreas que abrigam os segmentos populacionais mais vulneráveis dentro de cada município.
Este indicador permite desvendar a desigualdade inframunicipal existente em áreas urbanas e rurais, para todos os municípios do Estado. Nos grandes centros urbanos apresentam maior desigualdade social. Nos municípios com maiores concentrações populacionais convivem áreas com baixíssima vulnerabilidade e de vulnerabilidade muito alta.