A relação do homem com os peixes, é tão antiga quanto a história. Sem ainda ter desenvolvido as formas de tradicionais de cultivo da terra e criação de animais, as sociedades primitivas praticamente dependiam da pesca como fonte de alimentos. Restos de cerâmicas usados no preparo da comida, cascas de ostras e mexilhões encontrados na Escandinávia confirmam que, antes mesmo da captura dos pescados com equipamento apropriado, o homem primitivo era um coletor de moluscos. O anzol - como instrumento para captura de peixes - só viria a ser criado algumas centenas de anos depois, bem como as primeiras redes de pesca com o desenvolvimento da tecelagem primitiva, já no fim da Pré-História. Apesar de desde os primórdios o homem já se alimentar fundamentalmente de carne de peixes, ele iria se lançar ao mar em busca de boas pescarias apenas no Império Romano. Até então, pescar era uma atividade restrita aos lagos e realizada pelos escravos. Porém, com o aparecimento do cristianismo, os peixes passaram a ser vistos como refeição nobre. O consumo cresceu consideravelmente e a pesca marítima se estabeleceu. Além disso, houve também progressos no modo de conservação da carne de peixe. Se na Grécia Antiga e Egito os antigos mantinham o peixe apenas em sal, os romanos, foram quem introduziram a conserva de peixe em azeite. Na Idade Média, o peixe se transforma em ouro. Usado como moeda de troca entre os senhores feudais e camponeses, era comum que o pagamento da renda da terra fosse feito em peixe ou óleo de peixe. Outro impulso significativo à atividade se deu no final do século 4, por incentivo dos monges que começaram a fabricar redes apropriadas para a pesca marítima. Os registros históricos do século 7 mostram que nessa época a pesca já tinha se tornado uma atividade popular e o consumo de peixes estava consolidado entre os europeus. Fosse no Mediterrâneo, no Mar Báltico ou