A Perspectiva Educativa Do Espa O F Sico Das Creches

Taís F. Zanon – Agosto/2015
(APS1 – Projeto de Arquitetura 3 – Flavia Souza)
Resenha Crítica
CARVALHO, Adriana Fernandes Perez; RUBIATO, Karina Cássia da Silva.
A perspectiva educativa do espaço físico das creches
O artigo prevê como objetivo geral a análise das condições de espaços internos e externos das creches, analisando como sua organização tem poder influenciador na aprendizagem; fazendo com que permita desenvolvimento nos aspectos físico, psicológico, intelectual e social. Para isso, o espaço deve respeitar a faixa etária, sendo planejado para proporcionar experiências lúdicas, prazerosas e principalmente com educação de qualidade.
As autoras mostram como, ao longo dos séculos, se deu o surgimento da concepção da infância. Começando pela Antiguidade, crianças eram vistas como
“más”, sendo corrigidas e disciplinadas para serem levadas ao caminho do “bem”. Já no século XVI, Jean Jacques Rousseau (pensador suíço) mostra que as crianças possuíam interesses diferentes dos adultos; elas nasciam boas e o ambiente que as fazia más, e deveriam ser livradas dos castigos, uma vez que a infância precisava ser vista como um ensaio do homem. Entretanto, até o fim do século XIX a criança era vista como um objeto a ser descartado. Durante o século XX professores e médicos passaram a aceitar o fato de que as crianças possuíam sentimentos e necessidades próprios, influenciando iniciativas como a Declaração Universal dos Direitos das
Crianças, a qual previa integração nos âmbitos social, cultural e financeiro; mesmo que ainda houvesse castigos e violências.
A ideia do que vem a ser uma creche surgiu na Europa Medieval, com o objetivo de dar assistência às mães solteiras da corte e para controlar o tamanho das famílias, sem prioridade voltada ao atendimento das crianças. Com a industrialização e desenvolvimento do capitalismo, durante a Revolução Industrial (séc. XIX), houve a necessidade de um local para as operárias deixarem seus filhos, surgindo em Paris a primeira creche.