A Perspectiva De Uma Nova Ordem
Estamos vivenciando uma perspectiva de transição entre um capitalismo aristocrático e a imposição de um novo modelo baseado na necessidade de uma economia mais distributivista.
O consumo cada vez mais se torna uma necessidade e não mais um luxo. As pessoas dependem dele para viver. As decisões de consumo são as características do cotidiano – na educação, na assistência médica e previdenciária, nos seguros, nos transportes, na comunicação, no lazer, na alimentação, na moradia, no vestuário. Sob as rédeas de um capitalismo aristocrático, o poder e o controle foram concentrados nas mãos dos acionistas e de seus executivos. E é isto que agora precisa ser mudado.
Costuma-se afirmar que a propriedade das ações está sendo democratizada através das subscrições públicas em vendas pulverizadas. Mas a verdade é que mesmo com toda essa riqueza nas mãos dos pequenos investidores, um número reduzido de acionistas majoritários detêm praticamente a totalidade do capital das organizações. E assim a riqueza não se distribui democraticamente, como se afirma. Cada vez mais se concentra em um número menor de investidores, que detêm o domínio da organização, e, portanto, de seus destinos e resultados.
A concentração exagerada da riqueza virtual que circula pelas bolsas de todo o mundo garante aos seus detentores simultaneamente a soberania tanto do nosso sistema econômico como do sistema político.
A história pode ter superado o direito divino