A percepção de pecuaristas sobre plantas tóxicas
______________________________________________ISSN 1983-4209 – Volume especial – 2012
A PERCEPÇÃO DE PECUARISTAS SOBRE PLANTAS TÓXICAS NO MUNICÍPIO DE
ARAPIRACA, ALAGOAS.
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Jéssyka Emmanuelly Silva dos Santos; ²Henrique Costa Hermenegildo da Silva
RESUMO: O presente trabalho objetivou analisar a percepção dos pecuaristas sobre a toxidade de plantas em ruminantes. A pesquisa foi realizada na Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de
Alagoas, município de Arapiraca-AL. O banco de dados foi formado a partir de entrevistas semiestruturadas, feitas com 20 pecuaristas. O questionário possuía cinco perguntas: 1 - O que são plantas tóxicas?; 2 - Solicitou-se informar as conhecidas; 3 - Apresentou-se uma lista de 13 plantas reconhecidas como tóxicas pela literatura e foi questionado quais os mesmos conheciam; 4 – Quais desta lista são conhecidas?; 5 – Quais estão presentes em sua propriedade? Constatou-se que 20% dos informantes afirmaram: “planta tóxica é a mata garrote". Dentre as espécies mais citadas 50% dos informantes conheciam batona, 35% urtiga e mandioca, 30% mata garrote e maniçoba, além das menos citadas. Percebeu-se que 90% conheciam jurubeba, mandioca, maniçoba, e jurema preta;
85% mamona, urtiga, fedegoso e angico; 80% algaroba; 75% cajueiro; 65% urtiga de boi; 60% batona e 30% salsa. Entretanto reconheciam como tóxicas: 80% mandioca; 75% maniçoba; 55% batona e urtiga; 35% mamona e urtiga de boi; percebeu- se que 35% respondeu jurubeba e urtiga;
30% urtiga de boi, algaroba e jurema preta, 25% nenhuma. Assim, concluimos que os entrevistados reconhecem um menor repertório de plantas como sendo tóxicas, mesmo que as conheçam, não reconhecem sua toxidade. Aparentemente o reconhecimento da toxidez da planta se deve a eficiência da toxina, pois plantas que só são tóxicas quando consumidas em maior quantidade são pouco reconhecidas como tóxicas ou citadas.
Unitermos: Etnobotânica, Segurança alimentar animal, Bem estar animal.