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A epiteliogênese imperfeita é caracterizada pela incompleta formação epitelial decorrente de falhas germinativas no ectoderma e mesoderma durante o período embrionário. A doença varia em gravidade e foi descrita na maior parte das espécies domésticas. Em algumas espécies, resulta de mutações geneticamente herdadas, mas a hereditariedade não foi comprovada em outras. Não há informações adicionais a respeito da patogenia. Sem a cobertura protetora (epitélio estratificado escamoso), o tecido subjacente é facilmente agredido e sujeito as infecções (Zachary e McGavin, 2012). Sua ocorrência é menor que 0,01%, visto que os fatores influenciáveis não são claramente descritos (Benoit-Biancamano, 2006).
As lesões macroscópicas consistem em áreas bem demarcadas, desprovidas de epiderme e anexos ou mucosa, expondo a derme ou submucosa vermelha e úmida (Zachary e McGavin, 2012). As lesões são descritas principalmente no tronco, mas também em extremidades distais (Benoit-Biancamano, 2006). As lesões pequenas podem cicatrizar como escaras e não interferem na sobrevivência do animal. Os animais que nascem com lesões extensas normalmente morrem de infecção ou desidratação e anormalidades eletrolíticas decorrentes da perda excessiva de fluídos através das superfícies não epitelizadas (Zachary e McGavin, 2012).
Devido à escassez de dados sobre essas alterações em suínos criados no Brasil e no intuito de auxiliar na sua identificação e controle, esse trabalho descreve os aspectos clínico-patológicos de um suíno com epiteliogênese imperfeita atendido na Medicina e Reprodução de Suínos da Universidade Federal de Santa Maria.