A paz e a autodeterminação dos povos em kant
Resenha 1 – “A paz e a autodeterminação dos povos em Kant” – Teoria das Relações Internacionais 1
João Almino, escritor e diplomata brasileiro, faz um resumo seguido de análise da obra de Immanuel Kant. É desse texto que faremos a seguir uma pequena síntese. Almino começa defendendo o realismo de Kant em relação à compreensão da natureza humana. Mas ao longo do texto percebemos que é apenas nesse quesito que o autor o classifica como tal. Por isso é importante entender que Kant reconhece a natureza má existente na nossa espécie, mas que teria sido superada com o reconhecimento da necessidade de um Estado para nos regulamentar e proteger. Assim segue esse pensamento de uma maneira otimista ao acreditar que o mesmo pode ser feito no âmbito internacional, desde que todos os Estados reconhecendo através da razão a ameaça que uma guerra representa, compartilhassem de tais ideais, e em favor da sua própria segurança, abdicassem ao ato da guerra. Seria o tratado da paz perpétua. É necessária uma análise cuidadosa do pensamento Kantiano afim de não cometermos erros de interpretação. Por isso Almino é cuidadoso em sua reflexão sobre o assunto. Portanto quando Kant afirma que o modelo de todos os Estados deve ser o republicano para que seja assegurada a paz universal, Almino procura detalhar muito bem o que tal modelo significa para o pensamento do autor trabalhado, já que modelos políticos não são estáticos, e vem mudando ao longo dos anos. Chegando a conclusão que o sistema a que se refere Kant é aquele em que há um sistema representativo, divisão de poder, liberdade dos súditos e igualdade entre eles. Esse é, fundamentalmente, o significado de república para Kant. Tal questão nos remota a outra quase que instantaneamente, afinal no cenário internacional mundial recente evidenciamos guerras, que sob a justificativa de levar um modelo político mais justo a países com modelos ditatoriais, se sustentaram. Então será que a