a panela encantada
Pedro Malasarte estava com fome. Mas ali, na beira da estrada por onde caminhava, só havia uma abóbora pequena.
Não faz mal – pensou ele. – Vou comer isto mesmo.
Tirou do saco que levava nas costas uma panela de ferro que sua mãe lhe dera. Enche-a com água num riacho, pôs dentro uns pedaços de abóbora e fez um foguinho com gravetos. Pouco depois, a água fervia dentro da panela que estava sobre os gravetos. Nesse momento, apareceram longe dois homens conduzindo porcos. Mais que depressa, Pedro enterrou os tições e as cinzas. Espalhou terra por cima e pôs-se a assobiar bem distraído.
Vendo Pedro ali agachado, os homens perguntaram:
- Que faz você aí?
- Estou cozinhando – respondeu ele.
Cozinhando sem fogo, seu bobo? – Disseram os homens rindo.
Bobo? É o que não sou! Minha panela é encantada – ferve por si mesma o que tem dentro.
Hum!... – cochicharam os homens – está panela nos seria útil... – e , alto, perguntaram: - Quer vender está panela velha?
- Nem por todo o dinheiro do mundo! – exclamou Malasarte. Mas é claro que os homens insistiram e acabaram trocando vinte porcos pela panela de Pedro.
Sem esperar por outra, o esperto foi a um sítio ali perto e vendeu os animais, apurando bom dinheiro.
Além do mais, ficou como empregado do sítio para cuidar dos tais porcos. (Maria Thereza Cunha Giácomo. Contos e cantigas brasileiras. São Paulo, Melhoramentos, 1975.)
A PANELA ENCANTADA
Pedro Malasarte estava com fome. Mas ali, na beira da estrada por onde caminhava, só havia uma abóbora pequena.
Não faz mal – pensou ele. – Vou comer isto mesmo.
Tirou do saco que levava nas costas uma panela de ferro que sua mãe lhe dera. Enche-a com água num riacho, pôs dentro uns pedaços de abóbora e fez um foguinho com gravetos. Pouco depois, a água fervia dentro da panela que estava sobre os gravetos. Nesse momento, apareceram longe dois homens conduzindo porcos. Mais que depressa, Pedro enterrou os tições e as cinzas.