A osteopatia na doença de parkinson
A deterioração do sistema nervoso central (SNC) é uma das consequências fisiológicas mais comprometedoras da qualidade de vida das pessoas acometidas com a doença, na medida em que é responsável por diversas funções do organismo. A doença de Parkinson é apenas uma das muitas doenças que existem que acometem o sistema nervoso central. Estima-se que esta doença tenha uma prevalência de 31 para 328 por 100,000 pessoas mundialmente.
Trata-se de uma doença extremamente complexa, com implicações em vários sistemas do organismo que obrigam a que o doente seja acompanhado por uma equipa de profissionais. É uma doença altamente incapacitante para o portador da mesma, pelo que a abordagem transdisciplinar deve ser realizada com o objetivo primordial de promover a qualidade de vida destes pacientes. Nesta perspetiva a abordagem osteopática deve ser valorizada, na medida em que não pretende ser uma alternativa a outros tratamentos mas sim um complemento. A Osteopatia usa os recursos naturais do corpo para atingir o equilíbrio. De acordo com a Osteopatia Clássica os centros propriocetivos do sistema nervoso central são estimulados para alterarem a função do sistema nervoso autónomo e, dessa maneira, estimular o restabelecimento do equilíbrio do ambiente interno. O conceito de “Body Adjustment” defende a integração de todas as partes do Todo para restaurar a saúde, ou seja, sustenta que é necessário existir uma relação de equilíbrio entre o ser físico, fisiológico e o meio onde a pessoa se insere, dando ênfase especial na integração.
No decorrer da prática profissional o Osteopata depara-se com as mais diversas patologias às quais tenta dar uma resposta adequada através da aplicação de procedimentos que considera mais ajustados à especificidade de cada caso. No entanto, é muitas vezes confrontado com inúmeras dificuldades que o impelem a aprofundar mais os seus conhecimentos. O presente trabalho é fruto da necessidade que o autor sentiu de ter conhecimentos