As idéias fora do lugar
Schwarz, Roberto- “Ao vencedor as batatas”- I. As coisas fora do lugar. São Paulo: Duas Cidades, 1992, 4ª Ed.
Na apresentação do capítulo I. “As idéias fora do lugar” do livro Ao Vencedor as batatas, publicado em 1977, Roberto Schwarz sustenta que “toda ciência tem os princípios que são originados dentro do seu próprio sistema, e um dos princípios da economia política seria o trabalho livre”. Na propaganda de um panfleto liberal de Machado de Assis (o panfleto não é de Machado) colocava o Brasil para fora do sistema da ciência, pois aqui o que predominava era a escravidão, considerada um fato descortês e execrável.
“Estávamos aquém da realidade a que esta se refere; éramos antes um fato moral, impolítico e abominável”[1].
Crítico da literatura de Machado de Assis, Roberto Schwarz afirma que o Brasil respira as idéias européias, mas em sentindo totalmente impróprio, e dessa forma seriam problema para a literatura. Segundo Schwarz as idéias por esse prisma estariam fora do lugar, baseado na idéia de Marx que a estrutura determina a infra-estrutura (Você tinha me falado que tinha isso aqui no texto, não tem não isso vc leu em algum trem da internete que vc baixou), desse modo o social daria forma à literatura, a grande contradição observada por Machado de Assis no Brasil seria a estrutura totalmente atrasada e colonial, e a superestrutura avançada e liberal (Onde? No texto não diz isso). Ainda sob o ponto de vista de Machado o escravismo enquanto persistisse no Brasil, o parlamento seria ao estilo inglês, e Schwarz observava ainda que as idéias que aqui circulavam eram baseadas nos movimentos existentes em Paris, e que estariam fora de centro, se relacionadas ao contexto europeu.
Schwarz encontra uma explicação histórica para afirmar no seu ensaio de que as idéias estariam fora do lugar, isso ocorria pela dependência econômica do Brasil ser baseada no escravagismo e a supremacia