A origem do mal em Santo Agostinho
INTRODUÇÃO
Dar conta de entender a liberdade fora do seu aspecto formal exige um olhar fora dos contornos legais para perscrutar aquilo que é permitido ou não ao homem, ou seja, de que forma ele pode agir sem que seja formalmente impedido. O homem pode decidir sair de casa cedo para ir a rua comprar seu jornal, tomar seu café ou até mesmo não fazer alguma coisa objetiva, podendo simplesmente andar, ou ele pode até mesmo decidi não decidi, ainda assim nos moldes Sartreano isso seria escolher.
O termo liberdade desde os gregos tem seus contornos uma conotação fortemente política e jurídica, sem ligações subjetivas com as ideias de ato voluntário em oposição ao ato involuntário [1]. E os termos Gregos de voluntário, significa desejar, ou seja, aquele ser que não se submete a nenhuma força a não ser à sua própria natureza. Na filosofia moderna a liberdade vai aparecer em referencia ao mundo externo e ao serviço, significando a possibilidade de fazer o que se quer passando a liberdade a aparecer como exteriorização da vontade. Nasce então a noção de liberdade de consciência.
Vamos percorrer então os pontos da ideia de Jean Paul Sartre sobre a ideia do homem existencialista e sua liberdade. Como isto se manifesta em confronto com a existência dos outros e como as escolhas, por mais diferentes e condicionais vão de forma afirmativa comprovar a que a liberdade está sempre presente na consciência do acontecimento da vida humana.
Nossa exposição ocorrerá ao longo de cinco capítulos e teremos como base as obras de Jean-Paul Sartre, a saber, O SER E O NADA, AS PALAVRAS, O EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO bem como escritos de estudiosos versados no assunto, qual seja a liberdade.
1. A EXISTÊNCIA PRECEDE A ESSÊNCIA. Jean Paul Sartre era um homem inquieto. Nascido em uma família abastada em Paris no ano de 1905, teve o pai morto logo cedo. Voltou-se com a mãe a viver com os avós maternos. Órfão, Sartre foi criado pela mãe na casa