A obra de arte
Benjamin explica sobre a obra de arte, em seu ensaio, que tem como tema “A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica”. Neste artigo ele tenta resgatar a história da obra de arte, desde a idade média até nossos dias, e analisar o relacionamento do produtor com o consumidor. E para melhor relaciona-los, ele destaca, em sua analise, o valor de culto e o valor de exposição da obra e, através disso, explica que no culto religioso medieval o valor que predominava era o de culto e não o de exposição, ou seja, nesta época, a obra de arte se mantinha escondida, algo inacessível ao olhar do expectador, porém na medida em que o mundo se dessacralizava a obra ia sendo liberada para o olhar do espectador, contudo seu valor de culto continuava e sobrevivia nas formas seculares da arte como culto do belo. Através disso pode-se observar sua origem religiosa. Ainda na sua analise, ele explica que o valor de exposição aumentava sem que se perdesse o elemento cultural, que continuava presente na aura da obra de arte. Define aura como sendo tudo o que envolve a obra, ou seja, aquilo que contém elementos espaciais e temporais isto é seu aspecto cultural, e que o objeto auratico era caracterizado pela unicidade e distancia, ou seja, a aparição de algo distante por mais perto que tivesse. Benjamin fala da perda da aura da obra de arte, em virtude da tecnificação crescente do mundo e a reprodutibilidade técnica, esses fatores levaram a massificação do consumo dos bens artísticos. Porém, ele não vê a perda da aura como um fator negativo como Horkheime, Adorno e Marcuse que atribuíram a perda da aura como a dissolução da obra de arte. Para ele, com a perda da aura, a obra de arte perdia sua originalidade, todavia ao perder seu valor de culto o valor de exposição aumentava e então todos teriam acesso à obra, o que resultava num aspecto positivo. E seu consumo que, ate então, pertencia a uma elite, se tornava possível a todos, e assim