A obra de arte na era da reprodução eletrônica e dos bancos de imagem
Tendo como objeto o capítulo vinte e um, tido como A obra de arte na era da reprodução eletrônica e dos bancos de imagem, é pertinente abordar os pontos relevante desse foco em questão. David, nesse capítulo explana acerca da contínua acessibilidade aos recursos tecnológicos, e o valor da arte em detrimento a esse meio; trazendo tal fato como consequência de uma sociedade pautada em um discurso capitalista. Buscando embasamentos teóricos sobre esse enfoque capitalista, Marx e Engels, criticos desse sistema dizem que : “A burguesia só pode existir com a condição de revolucionar incessantemente os instrumentos de produção, por conseguinte, as relações de produção e, com isso, todas as relações sociais” (MARX; ENGELS, 1990). Dentro dessa perspectiva de discussão ROSENBERG (1976: 34), ver em Marx o “ponto de partida para qualquer investigação séria sobre a tecnologia e suas ramificações”. Assim, analisando a perspectiva de Marx e Engels e comparando com a visão de David Harvey é perceptível a preocupação com a classe trabalhadora de ambas as vertentes. Mas Harvey foca-se não na analise da divisão de classes e sim nos mecanismos derivados do capital que impedem que a reprodução da arte chegue a essa classe desfavorecida.
Dentro dessa perspectiva da preocupação com a obra de arte, David traz em seu discurso argumentos de Walter Benjamin, que através do seu ensaio “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica”, busca assim como Harvey mecanismos que qualifiquem a arte na pós-modernidade, e em uma sociedade voltada para a era industrial. Embasado nas contribuições de Benjamin que diz que “a obra de arte sempre foi reprodutível, mas a reprodução mecânica representa