A nova natureza do mundo e a necessidade de uma biogeografia social Edu Silvestre de Albuquerque et al
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS – CFCH
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS GEOGRÁFICAS – DCG
Discente: Joaquim Pedro de Santana Xavier – 3° período, Bacharelado em Geografia.
Resumo
A nova natureza do mundo e a necessidade de uma biogeografia “social” – Edu Silvestre de Albuquerque (et al.)
Primeiramente se expõe o fato das transformações no espaço geográfico advindas junto ao capitalismo industrial, e estas transformações exigindo da ciência geográfica renovações teórico-metodológicas e instrumentais nos seus campos de atuação. Posteriormente constata-se que o ramo social da Geografia se desenvolveu com maior dinamismo frente as novas configurações espaciais, o que não houve em outros campos de atuação como a é o caso da Biogeografia. E o texto tem o objetivo de elucidar o debate biogeográfico interligando-o com as novas dinâmicas espaciais, principalmente sociais.
Os autores fazem uma retrospectiva do pensamento biogeográfico ao longo da história para investigar as causas do porquê das características da biogeografia atual. Sabe-se que a biogeografia é protagonista na fundação da Geografia moderna e tem vínculo teórico com as ciências naturais e devido ao seu objetivo de estudo, tem caráter bastante interdisciplinar. Na idade média os estudos eram meramente descritivos e os argumentos teóricos eram embasados no criacionismo da igreja Católica. Antes do fim do século XVIII, a Biogeografia não apresentava uma cientificidade, os viajantes naturalistas pautavam-se nas observações e descrições das espécies. Ratzel nos fins deste século propões um estudo biogeográfico integrador com a sociedade. Para ele o objeto de estudo da Biogeografia eram os elementos bióticos, considerando as influencias antrópicas na transformação do espaço. No entanto esta proposta foi substancialmente ignorada pelos biogeógrafos contemporâneos. No século XIX, compõe-se teoria sintética da evolução com Lamarck e Darwin que subsidiou explicações