A no o de jogos de linguagem foi criada por Wittgenstein para dissolver problemas filos ficos decorrentes do mau uso da linguagem

A noção de jogos de linguagem foi criada por Wittgenstein para dissolver problemas filosóficos decorrentes do mau uso da linguagem. Estes jogos assumem diversas formas, contudo, eles figuram muito mais como objetos de comparação que através de semelhanças e dessemelhanças devem esclarecer ou lançar luz sobre as relações de nossa linguagem. Uma análise cautelosa da obra Investigações Filosóficas de Wittgenstein leva-nos a perceber que a noção de jogos de linguagem não possui fronteiras claramente perceptíveis, seus contornos são imprecisos. Uma delimitação específica não foi estabelecida para não se cair no erro de estabelecer uma essência comum a todos os jogos de linguagem. A tentativa de estabelecer ou achar a essência de um conceito foi fortemente criticada por Wittgenstein. Não há uma essência que traspassa todos os jogos lingüísticos, o que existem são algumas semelhanças, estas recebem o nome de semelhanças de família. Não há uma distinção específica entre os jogos de linguagem e as formas de vida. A utilização de uma linguagem, só é possível no seio de uma comunidade lingüística. Os jogos de linguagem e as formas de vida se modificam com o passar do tempo, esta dinâmica pode transformar a visão de mundo que as pessoas têm. O termo jogos de linguagem deve salientar que o falar da linguagem é parte de uma atividade ou de uma forma de vida. Se a linguagem e o falar sobre esta é uma forma de vida, então, o significado se dá no uso da linguagem, em uma comunidade lingüística determinada. Existem certas regras para o uso da linguagem, estas funcionam como se fossem balizas que sinalizam o caminho a ser seguido. Observa-se que de um modo geral a noção de jogos de linguagem na obra Investigações Filosóficas pode ser entendida como o conjunto de todas as atividades lingüísticas, perpassando não somente o emprego dos signos, mas também o ambiente envolvido, o contexto, os gestos, etc
O presente artigo trata da Filosofia da Linguagem com aporte em Ludwig Wittgenstein