A MÚSICA PROFANA NOS SÉCULOS XII E XIII
CENTRO DE ARTES
DEPARTAMENTO DE TEORIA DA ARTE E MÚSICA
CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA
FERNANDA JAQUELINE MORAIS
A MÚSICA PROFANA
NOS SÉCULOS XII E XIII
VITÓRIA
24 DE JANEIRO DE 2014
FERNANDA JAQUELINE MORAIS
A MÚSICA PROFANA
NOS SÉCULOS XII E XIII
VITÓRIA, 24 DE JANEIRO DE 2014
A MÚSICA PROFANA NOS SÉCULOS XII E XIII
Na lírica dos trovadores e troveiros a música profana, toda ela é canto, até por volta de 1250 e a poesia vem associada à melodia, assim como na liturgia, ambas, inseparáveis. O canto é o sentido; o verso é colorido pela melodia. Não existe música instrumental independente do canto. A voz é considerada superior a qualquer instrumento feito por mãos humanas. A função do instrumento é fazer o acompanhamento. O canto profano não foi resultado de uma volta à antiguidade, mas sim, a uma expansão para a linguagem vulgar e aos temas da ética e da função do canto dentro da Igreja. Trobar significa trovador; trouver significa troveiro. Palavras derivadas de Tropare, ou seja, inventar, compor tropos. O monge, no mundo fechado do seu mosteiro, louva a Deus com hinos e tropos e o troveiro, compõe cantigas de louvor à Dama a quem devotam todo o seu fervor. Foi tal a repercussão da arte dos trouveurs, que houve grande participação na elaboração da cultura ocidental constituindo assim, o berço da lírica européia, pelo poder de criação e refinamento de suas cantigas. Os trovadores originam-se do sul de Loire, na França. Começam a compor suas músicas nos meados de 1100, antecipando-se aos troveiros. Guillaume é o mais antigo dos trovadores. Foi um cantor de vida regada a prazeres, sexo e afirmou que o trovador não deve propor de antemão a um determinado tema. O essencial é a própria cantiga. Marcabru era sarcástico e violento. Cercamon era gascão (uma das variedades da língua falada minoritariamente em parte do