A mídia televisiva sensacionalista de Campina Grande

A mídia televisiva sensacionalista de Campina Grande Arthur Thiago Thamay1

Resumo:
O artigo mostra no diagrama de suas limitações, apresentando as relações coexistentes dos programas de televisão com uma carga sensacionalista e fazendo um aparato geral sobre o sensacionalismo em sua natureza.
Palavras-chave: Estrutura, mídia, sensacionalismo e Fait Divers.

1. Conceituando uma busca em rumos opinativos

A expressão francesa Fait Divers2 designa, em sua generalidade, a informação sensacionalista. Ela surgiu bem anterior ao advento da Mídia impressa. Já existia desde a Idade Média.
Especialistas neste assunto dizem que foi à partir do surgimento dos canais por assinatura e essas novas ofertas de programas foram decisivos para a mudança de canais abertos, que por razoes econômicas e ideológicas, passaram a investir no sensacionalismo.
A década de 90 assiste à onipresença da estética sensacionalista, tendo o Fait Divers como a tipologia básica da informação. Foram os casos dos telejornais Aqui e Agora do SBT, Cidade Alerta na Record e Brasil Urgente na Band. Também os Talk-Shows aderiram como o Programa do Ratinho no SBT.
O sensacionalismo é um modo de caracterizar o segmento popular da grande imprensa, uma percepção do fenômeno localizada historicamente e não o próprio fenômeno. Corresponde mais à perplexidade com o desenvolvimento da indústria cultural no âmbito da imprensa do que um conceito capaz de traduzir os produtos midiáticos populares mais recentes3.
Ao rotular um jornal ou algum programa da mídia de sensacionalista é afirmar que ele propositalmente provoca sensações, prática hoje generalizada 4.
Muitas das críticas à imprensa em questão utilizam-se do argumento de que são jornais “feitos para o mercado”. É evidente que as empresas jornalísticas produzem jornais para o mercado. Aliás, qualquer jornal é feito para um determinado mercado, seja ele popular ou de elite;