A Mulher Que Comeu O Amante
Bernardo Elis
Bernardo Élis Fleury de Campos Curado, nasceu em Corumbá de
Goiás, em 15 de novembro de 1915. Era filho do poeta Érico José
Curado e de Marieta Fleury Curado. Ele iniciou os estudos com o pai, em casa e, em 1921, transferiu-se para Vila Boa, estudando no Grupo Escolar da antiga capital do Estado. Ao retornar para
Corumbá, continuou seus estudos com o pai, que estimulou a tendência do menino para as letras. Aos doze anos, Bernardo Élis escreveu o seu primeiro conto, inspirado em "Assombramento", de Afonso Arinos. Em 1928, viajou com a família para Vila Boa, onde fez o curso ginasial no Liceu e estudou com o professor
Alcides Ramos Jubé, em 1929. Demonstrando seu bom gosto literário, ampliou suas leituras, principalmente de Machado de
Assis, Eça de Queirós e dos autores modernistas..
Participou, desde 1934, dos acontecimentos literários do Brasil Central, escrevendo poesias e enviando colaborações de cunho modernista para os jornais. Em 1936, iniciou sua vida em função pública, como escrivão da Delegacia de Polícia em Anápolis e depois foi nomeado escrivão do cartório do crime de Corumbá. Em 1939 transferiu-se para Goiânia, onde foi nomeado secretário municipal, assumindo o cargo de prefeito por duas vezes. Após a interrupção dos estudos por dois anos, em 1940 ele concluiu o curso clássico no Liceu de Goiânia.
Em 1942, mudou-se para o Rio de Janeiro com a intenção de ali fixar-se.
Levava um livro de poesias e outro de contos, que pretendia publicar.
Não conseguindo realizar seu desejo, retornou a Goiás e fundou a revista
Oeste, na qual publicou o conto "Nhola dos Anjos e a cheia do Corumbá".
Em 1944, seu livro de contos "Ermos e gerais" foi publicado pela
Bolsa de Publicações de Goiânia, obtendo sucesso e elogios da crítica nacional. Nesse ano, casou-se com a poetisa Violeta
Metran, com quem teve os filhos Ivo, Silas e Simeão. Em 1945, participou do 1º Congresso de Escritores de São Paulo, quando conheceu vários escritores nacionais,