a mulher israelense

A mulher israelense

“És benigno. Senhor eterno. Deus nosso. Rei do Mundo que não me fez mulher”
-reza de Adom Olam

Israel é definido como um "Estado Judeu e Democrático" em suas Leis Básicas e é o único Estado de maioria judia do mundo. Todos os dias, numerosos judeus praticantes agradecem a Deus em sua reza de Adom Olam por ter-lhes salvado do fato de não terem nascido mulher: “seres submetidos, cuja única função sobre a terra é gerar novos filhos do povo escolhido.”
As mulheres, hoje, veem seus direitos vulneráveis especialmente em relação à família. Casam-se por meio de um rito religioso, já que o matrimônio civil não é contemplado. Sendo assim, o maior problema está nas “mulheres ancoradas”, termo usado para descrever aquelas que não conseguem o divórcio, pois só ao homem este é concedido, tendo que entregá-lo por escrito para a mulher. O marido pode não querer ou estar fisicamente impedido e não ter capacidade de assiná-lo com seu próprio punho e letra. Quando a separação é reivindicada por uma mulher demora 10 anos para entrar em processo. O Talmud, Livro Sagrado judaico, aceita como causa justificada o fato de o marido ter mau hálito ou não cumprir com suas obrigações na cama, mas infidelidade, abuso sexual e físico não. Um homem pode ser preso por espancar sua mulher, mas não é obrigado a conceder divórcio. Existem mulheres que buscam outra solução: pagam a seus esposos para que as deixem separar, até deixam seus filhos como troca para a liberdade. Há caso também da mulher solteira, que não arranja marido, essas são descriminadas, acusadas de não seguir os dogmas da religião, impedidas de participar da cerimônias religiosas, confirmando a fala de um dos rabinos mais conservadores do país, Ovadia Yoses: “a solteirice é o maior mal para a mulher israelense”. Em relação ao trabalho a discriminação também é evidente, em todas as áreas a participação da mulher é reduzida e o salário é muito inferior. NO entanto, esta situação está