A mudança de lugar
Na década de 60 ocorre um movimento dialético no que diz respeito ao pensamento religioso, a organização social, política e cultural no Brasil. Neste período a sociedade civil era extremamente politizada e se dividia basicamente em dois blocos distintos. Época em que o governo Jango gozava de forte apelo popular. Uma ampla frente formada por movimentos populares, sindicatos, UNE, militares nacionalistas, os socialistas, comunistas, clero e os leigos dos movimentos católicos progressistas. Lutam por transformações e idealizam uma reforma econômica e social no Brasil. Dê outro lado se encontramos militares vinculados à Escola Superior de Guerra, proprietários rurais, setores do empresariado nacional, parlamentos ligados principalmente à UDN, investidores internacionais, seguimentos expressivos da classe média e setores conservadores da Igreja. Este grupo através de uma postura ao mesmo modernizante e conservadora, tinham um programa econômico arrojado. Voltado para os grandes mercados externos e conservação da estrutura agrária do país. Este último grupo se sentia ameaçado pela efervescência dos movimentos populares. Utilizando até de alianças com o governo Norte-Americano , como é o caso do “Acordo do Nordeste”, para barrar movimentos comunistas, Caristas, popular e trabalhista latino-americano. A crise do capitalismo internacional tem repercussões nos paises da América Latina. Como também a Revolução Cubana de 1959 e o crescimento dos movimentos populares. As mudanças ocorrem nos países da América Latina de formas diferentes. O rompimento do catolicismo com o antigo modelo tradicional o aproximou da história e da realidade social. Sendo assim, acaba por surgir dentro da própria Igreja varias tendências e correntes.