Resenha: elevado costa e silva processo de mudança de um lugar.
Prof. Dr. Renato Anelli
Ana Karla Olimpio Pereira
Elevado Costa e Silva
Processo de mudança de um lugar.
Este estudo faz um recorte muito interessante de um elemento estruturador da cidade, o elevado
Costa e Silva, vulgo minhocão. Começando com um interessante apanhado de manchetes de jornal, a fim de contextualizar o leitor sobre como estava não apenas a cidade onde esse elemento esta inserido, como também o país como um todo.
Duas fontes são utilizadas a oficial e outra que a autora denomina oficiosa, que é feita a partir da imprensa impressa por artigos e entrevistas, contrapondo as duas visões sobre a mesma intervenção urbana.
Ao inicio das obras já se vê a degradação da região, a expulsão de moradores e comerciantes e sua substituição por uma população de menor poder aquisitivo.
A degradação da região não é levada em conta pelo poder publico, uma vez que o centro já era uma área em decadência. Aos moradores restou conviver com a poluição sonora, visual e do ar, que depois de anos para muitos se tornou imperceptível. Com duas décadas de vida o minhocão já era uma via engarrafada como qualquer outra, sua capacidade havia se esgotado e a opinião de arquitetos e urbanistas era unanime, deveria ser derrubado.
Do ponto de vista do planejamento o elevado era a solução aos problemas de circulação que ainda hoje, são extremamente graves. Não adotando-se uma medida de transporte coletivo preferiu-se manter o ideário burguês com relação ao automóvel, espelhando nas nações desenvolvidas quanto ao plano e as técnicas modernas mas abandonando os exemplos de elevados que eram demolidos na mesma época da construção do minhocão.
Mas antes de tudo essa construção deve ser vista como uma manifestação ideológica, pois demonstra ou ao menos tenta, uma modernização da capital do estado por meio de uma grande obra publica de infraestrutura, pensada de acordo com um plano cuidadosamente elaborado,