A moreninha

INTRODUÇÃO

Joaquim Manuel de Macedo é famoso por escrever seus romances baseados na realidade vivida pelas pessoas de sua época. E esse livro A Moreninha, não foge a essa regra. É possível observar várias marcas de seu tempo, como por exemplo, os estudantes de medicina que só se preocupam em farrear e em namorar moças bonitas; a definição do padrão feminino de beleza baseado nos padrões europeus. Esse trabalho analisará a motivação da aposta, traçará um perfil de Augusto para entender se de fato ele é inconstante ou não, obsevará o comportamento da moreninha, aquilo que a diferencia das demais moças de sua época e que ao mesmo desperta a atenção de todos os rapazes e, por fim, comentará sobre o amor dos protagonistas Augusto e D. Carolina.

E VAMOS A APOSTA

Auguto, Filipe, Fabrício e Leopoldo, estudantes de Medicina, se encontram em hábitos típicos dos jovens da nobreza da época: reuniram-se com os amigos e embebedaram-se. E no meio de toda essa farra, surge o convite de Filipe aos seus amigos para passarem o dia de Sant'Ana na casa de sua avó. Apenas Augusto não demosntra interesse de juntar-se aos outros e Felipe, na intenção de fazê-lo mudar de ideia, toca no ponto fraco do amigo: as moças. Interessante notar que nesse capítulo, existe uma distinção entre quatro tipos de mulheres: a velha, a pálida, a loira e a moreninha. A velha, avó de Filipe, é citada como uma opção de casamento por causa da fortuna que possa possuir. Sua aparência e sua idade não importam, desde que tenha um bom capital. Mas esse interesse não passa de uma brincadeira entre amigos, pois o foco mesmo eram as moças mais jovens, que serão descritas mais a frente. Voltando aos quatro amigos, Augusto gaba-se de não se prender a moça nenhuma, a amar todas de uma só vez. Filipe, na intenção de levar o amigo à Ilha de..., aposta com Agusto que o próprio se apaixonará por uma de uma de suas primas. Porém o inconstante, acreditando fielmente na sua teoria,