A metafisica
1- As mudanças na modernidade
Chamamos modernidade ao período que se esboça no Renascimento, desenvolve-se na Idade Moderna e atinge seu auge na Ilustração, no século XVIII. Estava sendo gestado um novo período da história ocidental, com mudanças em amplo espectro; sociais, políticas, morais, literárias, artísticas, científicas, religiosas e também filosóficas.
O século XVII representa, portanto, a culminação de um processo que modificou a imagem do próprio ser humano e do mundo que o cerca.
2 – A questão do método
A revolução científica quebrou o modelo de inteligibilidade do aristotelismo e provocou o receio de novos enganos, a principal indagação do pensamento moderno tornou-se a questão do método, que envolveu não só a revisão da metafísica, mas, sobretudo o problema do conhecimento.
Os filósofos partiam do problema do ser, mas na Idade Moderna volta-se para as questões do conhecer, no pensamento antigo e medieval a realidade do objeto e a capacidade humana de conhecer não eram questionadas, na Idade Moderna, o foco é desviado para a “consciência da consciência”.
O racionalismo engloba as doutrinas que enfatizam o papel da razão no processo do conhecimento.
O empirismo é a tendência filosófica que enfatiza o papel da existência sensível no processo do conhecimento
3 – O racionalismo cartesiano a dúvida metódica
Descarte é considerado o “pai da filosofia moderna”, porque, ao tomar a consciência como ponto de partida, abriu c aminho para a discussão sobre ciência e ética, sobretudo ao enfatizar a capacidade humana de construir o próprio conhecimento.
O propósito inicial de Descartes foi encontrar um método tão seguro que o conduzisse à verdade indubitável. Como sabemos, esse conhecimento é inteiramente dominado pela inteligência - e não pelos sentidos - e baseado na ordem e na medida, o que lhe permite estabelecer cadeias de razoes, para deduzir uma coisa de outra.
Descartes estabelece quatro regras:
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