A menina loas
Ambas estão infelizes com tanta discussão e pouca coerência na ação. A menina LOAS ouve dizer que é tudo complexo, é tudo complicado. Sente que passa o tempo e tudo continua no mesmo. Parece até, que o mundo é um caminho sem rumo.
Afinal de contas, que rumo é esse da inclusão e da cidadania se o cotidiano é mais de exclusão e de descidadania. Sem falar da anunciada democracia onde tudo se prepara para acontecer e, na hora H, falha.
A assistência social não nasce como política no mesmo dia do nascimento da LOAS. Ela é bem mais velha. É mais um caso de atraso de registro de nascimento. Ela tem bem mais que 10 anos de vida. Os sociais democratas brasileiros, e parte dos socialistas, entenderam que o Brasil poderia, e deveria, produzir serviços sociais públicos de qualidade mesmo, sob a economia capitalista.
A conquista de direitos humanos e sociais supõe uma revolução político–cultural que provoca mudanças no modo de pensar e agir conservador, ditatorial, não democrático, de concentração de riquezas intensamente presentes na sociedade brasileira. Mas é bom ter presente que nos dias de hoje, aumentou o número de pobres na Inglaterra foram fragilizadas as políticas sociais. Durante os anos 70, pouco mais de 20 anos da experiência de bem-estar social, a corrente do neoliberalismo político, econômico e social, iniciada com Margaret Tatcher, foi desfazendo as conquistas sociais dos anos 50.
Em 1990, ele impediu que a LOAS fosse promulgada e vetou seu nascimento. Não esqueçamos dos ingratos em dia de aniversário, pela negativa eles também constroem história.
A assistência social tem na sua paternidade genética heranças que não se pode afirmar, sejam desejáveis ou compatíveis com a inclusão ou com os direitos de cidadania. O Brasil no período, só deu lugar ao nascimento da Previdência Social, isto para o trabalhador de carteira assinada, e em geral, os homens. Nunca fomos uma sociedade de pleno emprego. Lembremos as barreiras criadas aos negros para