A Memoria

A MEMÓRIA

A memória é a capacidade humana para reter e guardar o tempo que se foi, salvando-o da perda total. A lembrança conserva aquilo que se foi e não retornará jamais. Para Proust, como para alguns filósofos, a memória é a garantia de nossa própria identidade.
Os antigos gregos consideravam a memoria uma identidade sobrenatural ou divina. A deusa Memoria dava aos poetas e adivinhos o poder de voltar ao passado e de lembra-lo para a coletividade. Tinha poder de conferir imortalidade aos mortais, pois quando o artista ou o historiador registram em suas obras a fisionomia, os gestos, os atos, os feitos e as palavras de um humano, este nunca será esquecido e, por isso, tornando-se memorável. Os romanos desenvolveram uma arte chamada eloquência ou retorica, destinada a persuadir e a criar emoções nos ouvintes, através do uso belo e eficaz da linguagem. Assim, a memoria era considerada essencial para o aprendizado.
A memoria é uma atualização do passado e também o registro do presente para que permaneça como lembrança. No processo de memorização, entram componentes objetivos e subjetivos para formar as lembranças. Os componentes objetivos são as atividades físico-fisiológicas e químicas de gravação e registro cerebral das lembranças, bem como a estrutura do objeto a ser lembrando. Os componentes subjetivos envolvem: a importância do fato e da coisa para nós; o significado emocional ou afetivo do fato ou da coisa para nós; o modo como alguma coisa nos impressionou e ficou gravada em nós; a necessidade para nossa vida prática ou para o desenvolvimento de nossos conhecimentos; o prazer ou a dor que um fato ou alguma coisa produziram em nós.
Os seis tipos de memoria são: memoria perceptiva ou de reconhecimento, memoria-habito, memoria-fluxo-de-duração-pessoal, memoria social ou histórica, memoria biológica da espécie e memoria artificial das maquinas. Assim, a memoria não é um simples lembrar ou recordar, mas revela uma das formas fundamentais de nossa