a melhor maneira de fzr negocio
Robert Solomon
Ed. Negócio
A ética nos negócios é uma contradição? Certamente que não, diz
Robert Solomon. Ele afirma que a ética, pelo contrário, é uma condição para qualquer iniciativa de longo prazo nos negócios, e que a excelência organizacional deve ser fundamentada exatamente nos valores que são mais caros à organização. Segundo Solomon, o novo mundo corporativo se assemelha ao universo da ficção: quem se guia pela ética acabará encontrando sua recompensa, ainda que, a exemplo do que ocorre nas novelas, muitas vezes isso demore a acontecer.
A "bondade" de um executivo não se limita a cumprimentos simpáticos ou à promoção de churrascos para os subordinados. É um conjunto bem mais complexo de atitudes que inclui até contrariar os interesses da empresa em que se trabalha, caso seja esse o apelo da consciência - e nessas circunstâncias a carreira pode ser momentaneamente prejudicada -. "Os executivos e diretores várias vezes se sentem incomodados e despreparados em relação aos dilemas morais com que se deparam - as mesmas situações que parecem não aborrecer seus colegas menos escrupulosos -", descreve Solomon. De acordo com essa tese, os profissionais que se preocupam com a ética têm como destino natural trabalhar em empresas com a mesma diretriz, onde certamente serão valorizados. Essa convicção compensaria os eventuais sacrifícios exigidos em troca da consciência limpa. "Uma boa empresa, além de lucrativa, fornece um ambiente moralmente recompensador, em que as boas pessoas podem desenvolver não apenas suas habilidades, mas também suas virtudes", avalia o autor.
Ao tentar descrever o que pode ser classificado como "virtude" dentro de uma empresa, Solomon recorre à definição do filósofo escocês David
Hume: "é um traço agradável e útil tanto para nós mesmos quanto para os outros".
Por tudo isso, o livro retrata uma tendência que deve ganhar força nesta década: a valorização da integridade