A matematica na educação de jovens e adultos
A Matemática na Educação de Jovens e Adultos
Ilydio Pereira de Sá
Até pouco tempo atrás era senso comum que um cidadão alfabetizado matematicamente deveria saber contar e fazer as quatro operações básicas. Com o avanço da ciência e da tecnologia, este papel pode ser delegado às calculadoras ou aos computadores, de forma que devemos deslocar a importância da Matemática para uma combinação do seu caráter formativo (estruturação do pensamento e do raciocínio lógico) com o seu caráter funcional (resolução de problemas práticos nas diversas áreas do conhecimento).
Como todo processo de aprendizagem, o ponto de partida deve estar focado nos conhecimentos prévios dos alunos. Especialmente na educação de jovens e adultos, já que pela experiência de vida e pela faixa etária, muita matemática “não-escolar” habita o cotidiano dessas pessoas.
Nós, professores de Matemática, por deficiência de formação, costumamos nos assustar e rotulamos como “obstáculos à aprendizagem” tais conhecimentos. Por receio, despreparo ou mesmo “susto” aos poucos vamos oferecendo técnicas ou receitas prontas, difíceis e vazias de sentido para o aluno, que pouco a pouco vão desestimulando a criatividade, domesticando nossos alunos e colocando-os dentro de padrões considerados “normais” , criando nestes alunos-cidadãos um “respeito-medo” em relação a esta disciplina “maior” que é a “MÁ-temática” o que, com certeza, vai levá-los a uma aceitação muda do que lhes é transmitido.
Mais do que ensinar, nós que lidamos com jovens e adultos precisamos ter a humildade de aprender com eles, de estimular a sua fala, que é muito mais rica do que sua escrita. Através do estímulo à narrativa e a representações gráficas, aos poucos poderemos conduzi-los à escrita de suas soluções aos problemas propostos por nós ou por eles mesmos.
Concordo com a “Proposta Curricular para o 1º Segmento do Ensino Fundamental”, do MEC, quando sugere que os conteúdos básicos a