A mata atlântica é aqui!
“Eu tinha esse nome, Retratos da Agrofloresta, em mente há um tempo, só com retratos das pessoas inseridas em seu ambiente e interagindo com seus frutos, seus produtos. Este foi um evento ideal para apresentar as fotos,” diz Jorge Verdi. As fotos selecionadas mostram as famílias em seu contexto, convivendo com o produto de seu trabalho. “Eu procurei separar as fotos que tinham o foco na produção de alimentos para consumo próprio da família e também para comercialização, como mel, frutas e etc.,” pontua Vládia Lima.
Sobre a experiência de trabalhar com os agricultores, os dois fotógrafos concordam ser muito rica e requer uma aproximação diferente. “Para as pessoas dessas áreas, o fato de um fotógrafo chegar lá na casa deles é todo um evento! Você precisa dar um tempo, conversar, quebrar o gelo, fazer esquecer que você é um profissional, e lembrar que você é um amigo, alguém interessado em suas experiências e seus produtos,” explica Jorge. Vládia lembra que eles são sempre muito bem recebidos e se sente muito feliz de poder “entrar na história deles”. “É uma das coisas que eu mais gosto de fotografar, é uma relação preciosa,” diz ela.
A exposição pode servir de luz para pessoas que desconhecem a prática da agricultura familiar e da agrofloresta. É mostrado um pouco desse sistema e das maneiras saudáveis de trabalhar no campo que ele proporciona. “Dá pra ver a espontaneidade e a alegria no rosto dos agricultores praticando a agrofloresta em terras que já foram improdutivas. Porque antes da agrofloresta